A Amazônia vem, neste início de século, despontando como um novo front energético do território brasileiro. Envolvendo questões bastante controvertidas, encontramos as grandes hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (Rondônia), e Belo Monte, no rio Xingu (Pará). Além dessas obras, há ainda projetos de construção de novas grandes hidroelétricas, como a usina de São Luiz do Tapajós, no rio Tapajós (Pará). A construção de novas hidroelétricas deve responder pelo aumento do consumo de energia elétrica que acompanha os processos de urbanização e industrialização no país.
a) Que região brasileira apresenta o maior potencial hidroelétrico instalado atualmente e por que a Amazônia tornou-se um novo front para a construção de grandes hidroelétricas?
b) Indique qual dos setores, comercial, industrial e residencial, apresenta o maior e o menor consumo de energia elétrica no Brasil e cite um exemplo de indústria energointensiva existente na Amazônia.
a) Considerando os complexos regionais, a região brasileira que apresenta o maior potencial hidrelétrico instalado atualmente é a Centro-Sul; considerando as macrorregiões do IBGE, a Sudeste. Essas regiões possuem áreas drenadas pela Bacia do Paraná, que conta com grande disponibilidade hídrica e a presença de grandes centros urbano-industriais, que demandam grande quantidade de energia elétrica.
A Amazônia tornou-se o novo front para a construção de grandes hidrelétricas em decorrência de apresentar o maior potencial hidrelétrico do país, associado à saturação do aproveitamento hidrelétrico das bacias hidrográficas das demais regiões e ao avanço do desenvolvimento de novas tecnologias, o que tornou viável a interligação do sistema elétrico nacional.
b) Dos três setores, o que apresenta maior consumo é o industrial, e o que apresenta menor consumo é o comercial. Como exemplo de indústria energointensiva (indústrias que precisam de uma grande oferta de energia para poder funcionar de forma adequada) existente na Amazônia, destaca-se a indústria metalúrgica do alumínio (Albrás, Alunorte e Barcarena), que faz uso intensivo da energia gerada pela usina hidrelétrica de Tucuruí.