Podendo-se encontrar na crise do mundo romano do século III o início da profunda perturbação de que sairá o Ocidente medieval, é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V como o acontecimento que precipita as transformações, que lhes dá um aspecto catastrófico e que lhes modifica profundamente a aparência.

LE GOFF, J. A civilização do Ocidente Medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983, v. 1, p. 29.

A crise do mundo romano e a transição para a Idade Média 

  • a

    foram decorrentes do fortalecimento do cristianismo que, a partir do século III, tornou-se a religião oficial do Império Romano. 

  • b

    tiveram entre suas características a diminuição do ingresso de mão de obra escrava e o processo de ruralização social. 

  • c

    foram marcadas pelas catástrofes naturais e pelas epidemias de peste e lepra que estimularam o deslocamento para as cidades. 

  • d

    levaram ao fortalecimento das instituições públicas romanas e ao desenvolvimento das atividades mercantis no Mediterrâneo. 

  • e

    foram particularmente catastróficas na parte Oriental do mundo Romano, pela proximidade geográfica com os povos germânicos.

A crise do século III na Roma Antiga está associada ao fim do processo de conquista e expansão romana, que dificultou a obtenção de mão de obra escrava, já que a maioria dos escravos era oriunda das populações conquistadas em guerra. Essa falta de mão de obra provocou uma redução no abastecimento das cidades e dificuldades econômicas para a manutenção do exército, o que favoreceu as migrações e invasões bárbaras, que geraram uma maior ruralização.