A única frase em que o emprego do pronome “lhe” está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa é: 

  • a

    O réu entrou no tribunal, ciente de que o júri não lhe condenaria. 

  • b

    O jogador estava convicto de que os torcedores iriam absolver-lhe. 

  • c

    Os netos, ao saírem, gritaram: nós lhe amamos, vovó. 

  • d

    O atleta supôs que aquele treinamento poderia prejudicar-lhe. 

  • e

    O freguês foi logo dizendo ao vendedor: no momento, não posso pagar-lhe.

Na norma-padrão, o pronome lhe exerce basicamente a função de objeto indireto. Por isso, ele deve se ligar a verbo transitivo indireto. Nas quatro primeiras alternativas, há verbos transitivos diretos, que não admitem lhe como complemento.

O verbo pagar pode ser usado com dois objetos: a coisa paga (objeto direto) e aquele que recebe o pagamento (objeto indireto).