O desmatamento atual na Amazônia cresceu em relação a 2015. Metade da área devastada fica no estado do Pará, atingindo áreas privadas ou de posse, sendo ainda registrados focos em unidades de conservação, assentamentos de reforma agrária e terras indígenas.

Imazon. Boletim do desmatamento da Amazônia Legal, 2016. Adaptado.

Tal situação coloca em risco o compromisso firmado pelo Brasil na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 21), ocorrida em 2015. O desmatamento na Amazônia tem raízes históricas ligadas a processos que ocorrem desde 1970.

Com base nos dados e em seus conhecimentos, aponte a afirmação correta.

  • a

    O desmatamento, apesar de atingir áreas de unidades de conservação, que incluem florestas, parques nacionais e terras indígenas, viabiliza a ampliação do número de assentamentos da reforma agrária.

  • b

    As grandes obras privadas implantadas na Amazônia valorizam as terras, atraindo enorme contingente populacional, que por sua vez origina regiões metropolitanas que degradam a floresta.

  • c

    A grilagem de terras em regiões de grandes projetos de infraestrutura, a extração ilegal de madeira e a construção de rodovias estão entre as causas do desmatamento na Amazônia.

  • d

    A extração ilegal de madeira na Amazônia vem sendo monitorada por países estrangeiros devido às exigências na COP 21, pois eles são os maiores beneficiários dos acordos da Conferência.

  • e

    Os grandes projetos de infraestrutura causam degradação da floresta amazônica, com intensidade moderada e temporária, auxiliando a regularização fundiária.

O desmatamento da Amazônia está associado a diferentes políticas públicas, como a implantação de infraestruturas (energia e transportes) e de projetos extrativistas (agrícolas e minerais), que incentivaram a ocupação da região após a década de 1960. A falta de fiscalização para a preservação da floresta, em consonância com a expansão desses projetos, abriu precedentes para a extração ilegal de madeira, especialmente nas proximidades de vales fluviais e eixos rodoviários — onde a ocupação foi mais intensa e o escoamento é melhor — e para a grilagem (falsificação de documentos) de terras que foram invadidas e desmatadas ao longo das últimas décadas.