Cada vez mais pessoas fogem da guerra, do terror e da miséria econômica que assolam algumas nações do Oriente Médio e da África. Elas arriscam suas vidas para chegar à Europa. Segundo estimativas da Agência da ONU para Refugiados, até novembro de 2015, mais de 850 mil refugiados e imigrantes haviam chegado por mar à Europa naquele ano.
Garton Ash, Timothy. Europa e a volta dos muros. O Estado de S. Paulo, 29/11/2015. Adaptado.
Sobre a questão dos refugiados, no final de 2015, considere as três afirmações seguintes:
I. A criação de fronteiras políticas no continente africano, resultantes da partilha colonial, incrementou os conflitos étnicos, corroborando o elevado número de refugiados, como nos casos do Sudão e Sudão do Sul.
II. Além das mortes em conflito armado, da intensificação da pobreza e da insegurança alimentar, a guerra civil na Síria levou um contingente expressivo de refugiados para a Europa.
III. A política do apartheid teve grande influência na Nigéria, país de origem do maior número de refugiados do continente africano, em decorrência desse movimento separatista.
Está correto o que se afirma em
Recentemente, o crescimento dos deslocamentos forçados, sobretudo na África e no Oriente Médio, resultou no aumento da entrada de refugiados na Europa.
No continente africano, os conflitos étnicos e os atuais movimentos separatistas relacionam-se às fronteiras políticas herdadas do processo de descolonização, exemplificado pela emancipação do Sudão do Sul em 2011. Já no caso da Síria, a guerra civil em seu território resultou na intensificação da pobreza, insegurança alimentar, mortes e deslocamento forçado da população para outros países, o que tem incrementado o número de refugiados, especialmente na Europa. Com relação à política segregacionista do apartheid, ela foi implantada oficialmente na África do Sul, sendo encerrada em 1994 com a chegada de Nelson Mandela ao poder.