O documento abaixo foi redigido pelo governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, em 18 de agosto de 1694, para comunicar ao Rei de Portugal a tomada da Serra da Barriga.
“ (...) Não me parece dilatar a Vossa Majestade da gloriosa restauração dos Palmares, cuja feliz vitória senão avalia por menos que a expulsão dos holandeses, e assim foi festejada por todos estes povos com seis dias de luminárias. (...) Os negros se achando de modo poderosos que esperavam o nosso exército metidos na serra (....), fiando-se na aspereza do sítio, na multidão dos defensores. (...) Temeu-se muito a ruína destas Capitanias quando à vista de tamanho exército e repetidos socorros como haviam ido para aquela campanha deixassem de ser vencidos aqueles rebeldes pois imbativelmente se lhes unir-se os escravos todos destes moradores (....)”.
(Décio Freitas, República de Palmares – pesquisa e comentários em documentos históricos do século XVII. Maceió: UFAL, 2004, p. 129.)
Sobre o documento acima e seus significados atuais, é correto afirmar que
Refugiar-se em quilombos era uma prática comum e constante dos escravos no Brasil colônia, o que provocava resistência por parte do governo e dos senhores. Palmares e seu líder, Zumbi, representaram uma quebra nas relações de dominação da região em virtude do alto número de escravos que fugiam para o quilombo, fazendo com que o exército colonial e os senhores tivessem muita dificuldade para destruí-lo. A luta contra a escravidão, representada pelo Quilombo dos Palmares e sua resistência, passou a ser celebrada pelos movimentos negros da atualidade.