Diferentes sedimentos podem ser misturados à água e, dependendo de sua natureza, podem formar soluções, emulsões, ou mesmo uma lama. No caso do mais recente desastre ambiental, ocorrido em uma barragem em Mariana, no interior de Minas Gerais, o que vazou para o ambiente foi uma lama que percorreu cerca de 600 km até chegar ao mar, no litoral do Espírito Santo. Mesmo misturando-se à agua do Rio Doce e depois à agua do mar, os sedimentos não se separaram da água para se depositar no solo, provavelmente porque interagem com água. Com base no conhecimento de Química e considerando a região onde se originou o acidente, pode-se afirmar corretamente que os sedimentos são provenientes de uma região marcada por
A barragem de Mariana (MG) está situada na região dos Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste, segundo a classificação de Jurandyr Ross. Trata-se de uma região marcada pelo relevo serrano e pela estrutura geológica cristalina (complexo Gnáissico-Magmático), rica em óxidos metálicos (jazidas de minerais metálicos). Após o rompimento da barragem, os sedimentos mais grossos como a areia se depositaram no fundo do rio Doce, enquanto os mais finos, argilosos, conjuntamente à água, formaram a lama que escoou até a foz fluvial.