Era o dia 6 de agosto de 1945. O avião B-29, Enola Gay, comandado pelo coronel Paul Tibbets, sobrevoou Hiroshima a 9.448 metros de altitude e, quando os ponteiros do relógio indicaram 8h16, bombardeou-a com uma bomba de fissão nuclear de urânio, com 3 m de comprimento e 71,1 centímetros de diâmetro e 4,4 toneladas de peso. A bomba foi detonada a 576 metros do solo. Um colossal cogumelo de fumaça envolveu a região. Corpos carbonizados jaziam por toda parte. Atônitos, sobreviventes vagavam pelos escombros à procura de comida, água e abrigo. Seus corpos estavam dilacerados, queimados, mutilados. Cerca de 40 minutos após a explosão, caiu uma chuva radioativa. Muitos se banharam e beberam dessa água. Seus destinos foram selados.
(Adaptado de Sidnei J. Munhoz, “O pior dos fins”. Revista de História da Biblioteca Nacional, maio 2015.
Disponível emhttp://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/o-pior-dos-fins. Acessado em23/08/2016.)
A explosão da bomba mencionada no texto
A bomba atômica mencionada no texto, considerada como símbolo do final da II Guerra Mundial, corresponde a uma bomba de fissão nuclear, ou seja, ocorre a desintegração do núcleo de urânio em núcleos mais leves, a partir do bombardeamento de nêutrons. Isso pode ser representado pela seguinte equação: