Os olhos de Iracema, estendidos pela floresta, viram o chão juncado de cadáveres de seus irmãos; e longe o bando dos guerreiros tabajaras que fugia em nuvem negra de pó. Aquele sangue que enrubescia a terra, era o mesmo sangue brioso que lhe ardia nas faces de vergonha.

O pranto orvalhou seu lindo semblante.​

Martim afastou-se para não envergonhar a tristeza de Iracema.

O trecho acima integra a obra Iracema, publicada em 1865 por José de Alencar. Considerando este romance em sua inteireza, do trecho em questão, NÃO É CORRETO afirmar que

  • a

    revela o desfecho da luta entre os pitiguaras e os tabajaras, tribos inimigas, no meio da qual Iracema sofre as consequências de uma opção amorosa.

  • b

    configura o dilema afetivo da virgem posta entre o amor do esposo, amigo dos inimigos de sua tribo e a lealdade aos irmãos vencidos em guerra pelos pitiguaras.

  • c

    desvela as imagens trágicas que os olhos de Iracema refletem e o sentimento de vergonha que a faz corar e que a acomete pela escolha inescapável que fizera.

  • d

    indicia o choro de arrependimento e remorso pela aventura amorosa vivida entre Iracema e Martim, cujo desenrolar pressagia um destino final trágico para o par romântico.

Iracema abdica de sua condição de virgem sagrada da aldeia tabajara para seguir o amado Martim, passando a viver em terras pitiguaras. Em nenhum momento a índia demonstrará remorso ou arrependimento por essa decisão, tomada sob influência do sentimento máximo do Romantismo: o amor.