A temperatura de fusão de compostos iônicos está relacionada à energia reticular, ou seja, à intensidade da atração entre cátions e ânions na estrutura do retículo cristalino iônico.
A força de atração entre cargas elétricas opostas depende do produto das cargas e da distância entre elas. De modo geral, quanto maior o produto entre os módulos das cargas elétricas dos íons e menores as distâncias entre os seus núcleos, maior a energia reticular.
Considere os seguintes pares de substâncias iônicas:
I. MgF2 e MgO
II. KF e CaO
III. LiF e KBr
As substâncias que apresentam a maior temperatura de fusão nos grupos I, II e III são, respectivamente,
De acordo com o texto, “quanto maior o produto entre os módulos das cargas elétricas dos íons e menores as distâncias entre os seus núcleos, maior a energia reticular”; portanto,
I. Maior temperatura de fusão: MgO.
Flúor e oxigênio estão no mesmo período da tabela periódica; logo, a distância entre os núcleos é semelhante nesses dois compostos. Há maior produto entre os módulos das cargas do oxigênio (2) e magnésio (2) no MgO do que para o flúor (1) e magnésio (2) no MgF2.
II. Maior temperatura de fusão: CaO.
Flúor e oxigênio estão no mesmo período da tabela periódica, assim como o potássio e o cálcio; logo, a distância entre os núcleos é semelhante nesses dois compostos. Há maior produto entre os módulos das cargas do oxigênio (2) e cálcio (2) no CaO do que para o flúor (1) e potássio (1) no KF.
III. Maior temperatura de fusão: LiF.
O produto entre os módulos das cargas de lítio (1) e flúor (1) no LiF é igual ao produto das cargas dos íons potássio (1) e bromo (1) no KBr. Desse modo, a menor distância entre os núcleos do lítio e do flúor (elementos do segundo período) faz com que o LiF apresente maior temperatura de fusão do que o KBr, cujos elementos estão no terceiro período.