“Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, a 'chegada dos gregos significou a introdução de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e por onde puderam'.”

Funari, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. Adaptado.

Segundo o texto, a formação da Grécia antiga ocorreu

  • a

    de forma negociada, por meio de alianças e acordos políticos entre os líderes das principais tribos nativas da península balcânica. 

  • b

    de forma gradual, a partir da integração de povos provenientes de outras regiões com habitantes da parte sul da península balcânica. 

  • c

    de forma planejada, pela expansão militar dos povos nativos da península balcânica sobre territórios controlados por grupos bárbaros.

  • d

    de forma violenta, com a submissão dos habitantes originais da península balcânica a conquistadores recém-chegados do norte.

O texto da questão defende que a formação do mundo grego antigo não se deu através de sua conquista por um povo militarmente superior. Ao contrário, o excerto utiliza a tese do pesquisador Moses Finley para afirmar que a formação da Grécia Antiga se deu pela mistura de elementos novos e antigos, de forma a criar (“lentamente”) uma nova civilização.

De fato, vale destacar que o que é conhecido como grego, na Antiguidade, é antes uma aproximação, resultado da mistura de povos indo-europeus provenientes de outras regiões – como jônios, aqueus, eólios e dórios – e outros povos nativos da península balcânica – como os cretenses e os pelasgos.