"Há quase seis anos, o presidente Putin propôs à Alemanha "a criação de uma comunidade econômica harmoniosa que se estenda de Lisboa a Vladivostok." A ideia representava um imenso empório comercial que uniria Rússia e União Europeia ou, nas palavras de Putin, 'um mercado continental unificado com capacidade estimada em trilhões de dólares.'"
(Pepe ESCOBAR. Por que novas rotas da seda apavoram Washington. In: O Cafezinho, http://www.ocafezinho.com/2016/10/11/)
Veja o mapa:
“Nova Rota da Seda”, uma megaferrovia conectando Rússia e China ao continente europeu
Sobre essa perspectiva, que apavoraria Washington, é certo afirmar que
A integração da Eurásia, proposta pelo líder russo Vladimir Putin à Alemanha, há cerca de seis anos, é apoiada pelo governo chinês, que três anos depois expandiu a visão de Putin, propondo o projeto Um Cinturão, Uma Estrada [One Belt, One Road (OBOR)], também chamado Novas Rotas da Seda. Isso ampliou a integração geoeconômica do Pacífico asiático mediante uma vasta rede de rodovias, ferrovias para trens de alta velocidade, oleodutos e gasodutos, portos e cabos de fibra óptica. Muitos desses projetos ainda nem saíram do papel, mas já contam com a simpatia de muitos empresários europeus, principalmente alemães em busca de novos mercados. Para o Brasil, essa integração não traz implicações diretas num primeiro momento, pois o Brics não tem acordos comerciais que impliquem uma “saída” do bloco. Os mais incomodados com a possível integração eurasiana seriam de fato os EUA, que perderiam a hegemonia mundial caso esses projetos se concretizassem num futuro próximo.