Entrevista com Terezinha Guilhermina

Terezinha Guilhermina é uma das atletas mais premiadas da história paraolímpica do Brasil e um dos principais nomes do atletismo mundial. Está no Guinness Book de 2013/2014 como a “cega” mais rápida do mundo.

Observatório: Quais os desafios você teve que superar para se consagrar como atleta profissional?

Terezinha Guilhermina: Considero a ausência de recursos financeiros, nos três primeiros anos da minha carreira, como meu principal desafio. A falta de um atletaguia, para me auxiliar nos treinamentos, me obrigava a treinar sozinha e, por não enxergar bem, acabava sofrendo alguns acidentes como trombadas e quedas.

Observatório: Como está a preparação para os Jogos Paraolímpicos de 2016?

Terezinha Guilhermina: Estou trabalhando intensamente, com vistas a chegar lá bem melhor do que estive em Londres. E, por isso, posso me dedicar a treinos diários, trabalhos preventivos de lesões e acompanhamento psicológico e nutricional da melhor qualidade.

Revista do Observatório Brasil de Igualdade de Gênero, n. 6, dez. 2014 (adaptado).

O texto permite relacionar uma prática corporal com uma visão ampliada de saúde. O fator que possibilita identificar essa perspectiva é o(a) 

  • a

    aspecto nutricional. 

  • b

    condição financeira.

  • c

    prevenção de lesões. 

  • d

    treinamento esportivo. 

  • e

    acompanhamento psicológico.

A relação entre a prática corporal e uma visão ampliada de saúde relatada pela atleta — que inclui a dedicação aos treinos, o trabalho de prevenção de lesões e o acompanhamento psicológico e nutricional de qualidade — só foi possível na sua carreira à medida que se tornou conhecida e passou a ter uma condição financeira melhor. Até obter essa condição, a falta de recursos havia sido o seu principal desafio.