a) Em sua obra, Nísia Floresta defende a promoção da educação feminina como forma de colocar o Brasil no mesmo patamar de países europeus. As imagens reforçam as ideias defendidas pela autora. Na tela de Thomas Brooks, a presença mista de meninos e meninas na sala de aula evidencia a prática de um ensino igualitário, independente de gênero, como Nísia propunha em seus artigos. A fotografia, que retrata uma sala de aula brasileira, associa o aprendizado das meninas a tarefas domésticas, como a costura, das quais estavam isentos os meninos. Estes, por sua vez, tinham acesso a conhecimentos mais aprofundados de aritmética e ciências, por exemplo, que era vedado às meninas. Essa distinção entre educação masculina e feminina é combatida por Nísia no Opúsculo Humanitário.
b) Do ponto de vista social, Nísia combate, em sua obra, uma exclusão fundamental, que é o acesso das mulheres à plenitude da educação formal. Além disso, as desigualdades sociais são reconhecidas por ela, que se refere em sua obra às mulheres pobres, mas sem chegar a incluí-las em seu projeto educacional. Quanto ao aspecto étnico, a autora sequer faz referência à possibilidade de inclusão de mulheres negras em sua defesa da educação feminina. Ao contrário, quando se refere a elas, Nísia o faz de forma preconceituosa e excludente.
