Para facilitar a percepção das relações de sentido entre os termos e as orações que o compõem, há uma descrição abaixo. Nos casos em que o “que” assume valor explicativo, sinalizamos isso indicando, ao lado, seu sinônimo “pois”.
“Lute a luta, como você acha que deve lutar e não como exigem que você lute,
que [pois] vão dizer que você não sabe o que é uma luta,
que [pois] vão dizer que você não tem força para lutar,
que [pois] vão dizer que eles é que sabem lutar,
que [pois] vão dizer que eles lutam há mais tempo do que você luta,
que [pois] vão dizer que é melhor desistir da luta,
que [pois] vão dizer que não é assim que se luta,
que [pois] vão dizer que você não sabe lutar,
que [pois] vão dizer que você nunca lutou,
que [pois] vão dizer que você não está lutando a mesma luta que eles estão lutando,
os supostos donos da luta.”
Pode-se, então, constatar a ocorrência de nove orações iniciadas por um “que” com valor explicativo, coordenadas à oração “Lute a luta” (com o verbo no imperativo). Tais orações listam argumentos dos “supostos donos da luta”, que desautorizariam uma luta pessoal, que não estivesse de acordo com o seu modo de lutar.
