Cícero afirma que a justiça se fundamenta em dois princípios: “a ninguém prejudicar”, e “servir à utilidade comum”. Ou seja, a justiça é uma virtude que visa ao bem comum, e não ao interesse individual. Para ele, existe um único direito natural, baseado na reta razão, que é universal e comum a todos os seres humanos. Quando a justiça é fundada apenas na utilidade particular, ela se deteriora, pois perde sua base na natureza e na razão. Logo, a verdadeira justiça é agir conforme a razão natural, que leva ao bem comum, e não ao interesse próprio.