Um dos recursos estéticos mais relevantes da narrativa naturalista é o zoomorfismo, que implica na apresentação do ser humano, ou mesmo de elementos inanimados como se fossem animais irracionais, bichos. No trecho em questão, verifica-se que a atividade matinal dos moradores do cortiço é associada a insetos, por meio da expressão “zum-zum crescente”. Na frase “aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas”, os seres humanos são reduzidos à dimensão meramente fisiológica do sexo, como se fossem um rebanho em torno de um bebedouro.