Entre os séculos XVI e XVIII, Castela e Portugal implementaram um novo sistema econômico nas colônias americanas, apesar do drástico decréscimo populacional ocorrido após a chegada dos colonizadores, em consequência de guerras, doenças, fome e desordem social.

O funcionamento do sistema econômico colonial iberoamericano assentava-se

  • a

    no aproveitamento de técnicas tradicionais de trabalho indígenas, potencializadas pela introdução de animais de carga. 

  • b

    na circulação de bens e mercadorias em fluxos regionais, interamericanos e intercontinentais, com base na oferta metropolitana de moeda e crédito. 

  • c

    na introdução de grandes empresas agrícolas integradas ao abastecimento e comércio internos, com base na experiência exitosa das colônias orientais. 

  • d

    no trabalho compulsório, modificando instituições já existentes em sociedades indígenas (mita), criando novas práticas (encomienda) e introduzindo africanos escravizados. 

  • e

    nas atividades industriais para produzir bens de consumo a partir do beneficiamento de produtos como tecidos, metais preciosos, criação de gado e lavoura de produtos tropicais.

O trabalho compulsório foi amplamente utilizado tanto pelos portugueses quanto pelos espanhóis no processo de colonização da América. A exploração sistemática da mão de obra indígena e também a escravidão de africanos foi comum nas duas áreas da colonização ibérica. Vale lembrar que tanto fizeram a adaptação de instituições locais, como a mita — tradicional entre os incas —, transformada em obrigação de trabalho forçado nas minas, quanto implementaram a encomienda, sistema que concedia aos colonos o direito de explorar o trabalho indígena sob pretexto de catequese e proteção. Essas duas modalidades foram comumente utilizadas na América espanhola. Já a escravidão negra, embora muito utilizado pelos colonos espanhóis, acabou se tornando um dos pilares de sustentação da América portuguesa.