Muitas pessoas ainda se espantam com o fato de um passageiro sair ileso de um acidente de carro enquanto o veículo onde estava teve perda total. Essas pessoas talvez considerem, equivocadamente, que os carros mais seguros são os que têm as estruturas mais rígidas, ou seja, estruturas, que durante uma colisão, apresentam menor deformação. Na verdade, o que ocorre é o contrário. Por isso, a partir de 1958, passaram a ser produzidos carros com partes que se deformam facilmente.
DAY, C. Crumple Zones. Disponível em: https://pubs.aip.org.
Acesso em: 2 jul. 2024 (adaptado).
Assim, além dos cintos de segurança e dos airbags, os carros modernos passaram a contar com o dispositivo de segurança conhecido como crumple zone (região deformável, em inglês), conforme a figura.
Considerando o carro, seus ocupantes e o muro da figura como um sistema isolado, o crumple zone aumenta a segurança dos passageiros porque, durante uma colisão, a deformação da estrutura do carro
A deformação da estrutura metálica do crumple zone do carro durante a sua colisão com o muro dissipa a energia cinética do carro sob a forma de calor. Em princípio, esse fato contribui para o aumento da segurança dos passageiros do carro durante a colisão.
Notas:
- Contrariamente ao que afirma o enunciado, a colisão do carro com o muro, que é solidário à Terra, constitui um sistema não isolado. Tanto é assim que a variação da quantidade de movimento do carro durante a colisão é não nula.
- A existência da crumple zone aumenta o intervalo de tempo de interação entre o carro e o muro. Consequentemente, a desaceleração do carro e de seus ocupantes, durante a colisão, é, em módulo, inferior àquela caso o automóvel não fosse equipado com esse dispositivo de segurança. Assim, de acordo com o princípio fundamental da Dinâmica, a resultante das forças aplicadas nos ocupantes durante a colisão também será menos intensa, aumentando a sua segurança.