Em sua carta, Graciliano Ramos aponta para o que ele considerava o “trabalho mais digno” de um artista: a denúncia das mazelas sociais. Ele chega a questionar a função da arte em um mundo em que todos tivessem uma “vida tranquila e feliz”. Antônio Prata, por sua vez, critica o que entende ser a tendência da literatura atual a funcionar como um “exercício de lacração”, sem o efeito questionador observado em exemplos consagrados como os que ele fornece no segundo parágrafo de seu texto, com as referências a Dostoievski, Kafka e Machado de Assis.