Domício Proença Filho conta que decidiu escrever a obra Capitu: memórias póstumas ao reler o romance Dom Casmurro na maturidade e se indignar com o viés autoritário de Bentinho, narrador classificado por ele como “crudelíssimo e desumano”. Ao apresentar ao público sua “apropriação literária”, o autor contextualiza o enredo original de forma subjetiva e apresenta as razões da decisão de eleger Capitu a narradora de seu livro, para que ela tivesse a oportunidade, não oferecida por Machado de Assis, de revelar ao leitor seu discurso e sua verdade.