Memes e fake news: o impacto na educação das crianças

Há quem diga que o Brasil nunca mais foi o mesmo depois dos memes. Na economia da velocidade, alguns apostam no humor, outros no engajamento político, e tem gente investindo alto na mentira também. Diante desse cenário, uma pergunta se torna essencial: será que todo mundo está conseguindo traduzir as mensagens postadas, curtidas e compartilhadas?

Essa dúvida incentivou uma professora de língua portuguesa a desenvolver uma proposta de leitura e análise crítica de memes com estudantes do ensino fundamental, na rede pública do Distrito Federal, na cidade de Samambaia. “Percebi que muitos alunos e pais estavam divulgando conteúdos sem saber o que havia por trás das palavras”, relata a professora.

“O que antes era engraçado para os alunos passou a ser visto com outros olhos”, afirma a professora. Para ela, que utilizou a representação da criança em memes de WhatsApp como material gerador das discussões em sala de aula, aguçar o olhar sobre essas mensagens impacta diretamente a atitude de postar, curtir e compartilhar conteúdos ao estimular o uso consciente da informação que circula nas plataformas de mídia social.

Letramento político e midiático é um desafio intergeracional. Em tempos de notícias falsas, de imagens manipuladas e de memes sendo usados como triunfo da verdade de cada um, checagem de informação e interpretação de texto acabam se tornando moedas valiosas.

Disponível em: https://lunetas.com.br. Acesso em: 15 jan. 2024 (adaptado).

Ao abordar a relação dos memes com a educação, a reportagem sustenta uma crítica à

  • a

    falta de fiscalização no uso de aplicativos de mensagens por crianças.

  • b

    divulgação de informação manipulada em postagens virtuais.

  • c

    utilização de ferramentas digitais no trabalho educacional.

  • d

    exploração de conteúdos humorísticos nas mídias sociais.

  • e

    propagação de mensagens com objetivos políticos.

O texto apresenta experiência pedagógica em que uma professora usou a leitura de memes para “aguçar o olhar sobre essas mensagens” e desenvolver a capacidade de os estudantes promoverem uma leitura crítica dos conteúdos que compartilham na internet. Tal experiência impactou “a atitude de postar, curtir e compartilhar conteúdos” e estimulou “o uso consciente da informação que circula nas plataformas”. A partir da exposição dessa experiência, a reportagem é concluída com a afirmação de que “em tempos de notícias falsas, de imagens manipuladas e de memes sendo usados como triunfo da verdade de cada um, checagem de informação e interpretação de texto acabam se tornando moedas valiosas”, deixando implícita uma crítica ao conteúdo manipulado presente nas redes.