O texto segue o modelo convencional de uma receita culinária, mas o enunciador utiliza expressões e imagens que fogem do repertório desse gênero textual, confessando tratar de uma “receita (poética)”. É essa ressalva que lhe permite atribuir ao feijão a qualidade de “feliz”, e, ao “torresminho delicioso” a condição de estar “desmilinguindo-se de gozo”, bem como aos cozinheiros a atitude de expressar “bocejando” o próprio “tédio”.