Essa pintura histórica de Francisco Goya (1746-1828) foi feita no início do século XIX, na Espanha. Sobre a obra e seu contexto, é correto afirmar que

  • a

    o pintor destaca o protagonismo francês ao mostrar, na cena de fuzilamento decorrente da ocupação napoleônica na Península Ibérica, as armas dos oficiais do exército. 

  • b

    o quadro enfoca, ao optar por representar em posição de mártires as vítimas do fuzilamento, a simpatia da Igreja Católica espanhola para com a ocupação napoleônica. 

  • c

    a lanterna, que integra a pintura no quadro, ilumina o massacre contra os revoltosos, pelo pelotão racionalmente organizado de soldados, durante a revolução francesa. 

  • d

    a figura popular do espanhol de camisa branca é associada à representação de Cristo, com os braços e mãos abertos, na cruz; essa figura sublinha o terror da ocupação napoleônica.

Francisco Goya foi testemunho da invasão francesa da Península Ibérica, no contexto das Guerras Napoleônicas. Deste episódio deixou uma importante documentação, incluindo relatos e, sobretudo, gravuras e pinturas, como “O 3 de maio de 1808 em Madri”, tela na qual mostra a violência da repressão francesa contra populares que haviam se sublevado contra as tropas invasoras de Napoleão. A figura que se destaca à esquerda – corpulenta, de trajes brancos e braços estendidos – tradicionalmente é interpretada como uma imagem que remete à Cristo. Na Espanha fortemente católica, tratava-se de referência de fácil entendimento, anunciando um sacrifício brutal, mas que não seria em vão: um dia o povo seria emancipado.