O projeto internacional DUNE (Deep Underground Neutrino Experiment) é um gigantesco experimento idealizado para o estudo de neutrinos. Para a detecção da luz emitida quando os neutrinos atravessam enormes tanques de argônio líquido, foi projetado na Unicamp um dispositivo chamado Arapuca, cuja função é aumentar a área de coleta da luz, confinando-a no interior de uma caixa que contém os sensores. Antes de entrar na Arapuca, a luz emitida, de comprimento de onda λ1 = 128 nm, incide num material que tem por finalidade modificar o comprimento de onda da radiação, de modo que, ao emergir desse material, o novo comprimento de onda da luz passe a ser λ2 = 350 nm. Considere que, nessa etapa do experimento, ambos os feixes luminosos de comprimentos de onda λ1 e λ2 propagam-se no mesmo meio. Sendo f1 a frequência e v1 a velocidade da luz no comprimento de onda λ1, e f2 a frequência e v1 a velocidade da luz no comprimento de onda λ2, pode-se afirmar que
De acordo com a situação proposta, como os feixes se propagam no mesmo meio, a velocidade da onda emitida antes (v1) e depois (v2) de entrar no experimento é a mesma, como indicado a seguir.
v2 = v1
Desse modo, de acordo com a equação fundamental da ondulatória, tem-se:
Da expressão acima, pode-se concluir que, no contexto apresentado, o comprimento de onda e a frequência são grandezas inversamente proporcionais.
Como o comprimento de onda da luz emitida ao sair do experimento (λ2 = 350 nm) é maior que o comprimento de onda antes de entrar na “Arapuca” (λ1 = 128 nm), pode-se concluir que a frequência f2 é menor que a frequência f1: