Tais escritores pregavam e procuraram realizar a filosofia da objetividade: o que interessa é o objeto, o não eu. Para realizar seu objetivo, abandonaram as preocupações teológicas e metafísicas por considerá-las subjetivas, egocêntricas e aderiram à ciência. O dado positivo substitui o idealismo: só interessa o que pode ser observado, documentado, analisado, experimentado, inclusive a vida psíquica, porque sujeita às mesmas leis da vida fisiológica.
(Massaud Moisés. Literatura portuguesa, 1992. Adaptado.)
O texto refere-se aos escritores
A opção de desviar os olhos do indivíduo em sua subjetividade e voltá-los à objetividade do mundo concreto faz do Realismo um momento da história da literatura em que princípios como observação, documentação, análise e experimentação tornam-se prioridade dos autores. Tudo está sob julgamento, sempre de acordo com a ciência e submetido às leis fisiológicas da vida.