À sombra da bipolaridade que mantinha apartados leste e oeste, estabeleceu-se outra linha divisória entre o Norte industrializado e desenvolvido e o Sul, subdesenvolvido. A arquitetura político-institucional que sustentou a divisão Norte/Sul se constituiu em torno da Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OCDE), que abrigava os países de alta renda, ou "doadores ocidentais", e o Grupo dos 77 (G-77), que reunia os países subdesenvolvidos ou "recebedores de ajuda". O G-77 tornou-se a voz comum dos países pobres - uma "coalizão dos insatisfeitos", que raramente perdia uma oportunidade, nos fóruns internacionais, de apontar o caráter estruturante das desigualdades do sistema internacional e sublinhar as obrigações dos países desenvolvidos em relação à assistência compensatória ao desenvolvimento.

As transformações recentes do sistema internacional produziram importantes mudanças. Nas últimas décadas, alguns países se transformaram, de recebedores de ajuda, em provedores. Como grupo, o BRICS é, certamente, a face mais visível desse processo.

Sobre a emergência dos países do BRICS como “novos provedores", assinale a afirmação correta.

  • a

    A Índia, graças à sua posição estratégica, passou a exercer uma forte influência na solução dos conflitos étnicos do Oriente Médio.

  • b

    O Brasil, devido ao aproveitamento do seu espaço agricultável, tem participado de projetos internacionais de doação de alimentos aos países que têm fome.

  • c

    A África do Sul, em razão da sua política de integração étnica, tem atuado de forma consistente nos países africanos divididos pelo radicalismo religioso.

  • d

    A China, por meio da nova rota da seda, tem exercido uma forte ação política na África, mediante financiamentos de importantes projetos de infraestrutura.

  • e

    A Rússia, devido à sua política externa liberalizante, tem pressionado por mudanças nos países que mantêm regimes contrários aos princípios democráticos.

Os BRICS têm se tornado um influente grupo na esfera política e econômica do mundo, no entanto, o grande destaque é chinês, que por meio  do projeto “Nova Rota da Seda” tem financiado e possibilitado a construção de diversos projetos de infraestrutura em mais de 150 países, incluindo diversas nações do continente africano, que já assinaram com o gigante asiático.