“Desde os anos 20 governado pela dinastia Pahlevi, o Irã vinha sendo modernizado e ocidentalizado pelas sucessivas gerações de xás, que viam na observância estrita da religião um atraso a ser superado. País de numerosa população xiita, no entanto, o regime modernizante sempre precisou contar com uma grande dose de repressão, para conter a oposição dos grupos religiosos, que se fazia cada vez mais popular. Na década de 1970, este movimento conheceu um líder, que, refugiado na França, preparava-se para voltar ao país: era o aiatolá Khomeini, que apelava aos muçulmanos para que restaurassem a autoridade do islã na sociedade.”
GRINBERG, Keila. O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses. In: REIS
FILHO, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste (orgs.). O século XX: o
tempo das dúvidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p.116.
O texto descreve o contexto histórico que antecedeu
A dinastia Pahlevi governou o Irã por diversas décadas até que, em 1979, padeceu sob revolução iraniana, que pôs fim ao seu governo e deu início ao regime teocrático islâmico, que permanece até a atualidade. Vale ressaltar que a revolução iraniana teve um considerável apoio popular devido às manifestações que acusavam o regime Pahlevi de ocidentalizar o país e de práticas contrárias à religião muçulmana xiita, que prevalece no país.