“De fato, os caminhos entre o campo majoritário do SPD* e suas dissidências já haviam começado a tomar direções opostas com o início da guerra mundial imperialista. O apoio do SPD aos créditos de guerra no parlamento alemão, oficializado na fatídica votação de 4 de agosto de 1914, fez dele definitivamente um partido do sistema. Essa divisão foi o marco da divisão do movimento operário, que a partir daí foi tomando forma com o avanço da guerra e finalmente levou à fundação da Liga Espartaquista, em 1916, e do Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD), em 1917. Os espartaquistas, com Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, se juntaram ao USPD e depois viraram a base do Partido Comunista (KPD), criado em 1º de janeiro de 1919.

DILGER, G. “Os ecos da Revolução Alemã”. In HAFFNER, S. A
Revolução Alemã (1918-1919). São Paulo: Expressão Popular, 2018, p. 10-11.

*SPD: Partido Social-Democrata da Alemanha

O texto refere-se ao contexto

  • a

    da ascensão do nazismo e apresenta as disputas políticas entre os partidos de esquerda no campo anti-hitlerista. 

  • b

    da Revolução Russa e discute as alianças políticas dos partidos de esquerda com os setores de direita e do centro democrático. 

  • c

    da crise no pós Primeira Guerra e expõe as divergências em torno do papel do Estado para a recuperação da economia alemã. 

  • d

    do avanço do imperialismo alemão e revela a radicalidade do SPD diante da reconstrução da democracia na Alemanha. 

  • e

    da república alemã e estabelece as divergências no campo da esquerda desde o posicionamento diante da Primeira Guerra Mundial.

O excerto de Gerhard Dilger trata do debate político na Alemanha nos anos de 1910, com foco nas divergências ocorridas no campo da esquerda. A partir do posicionamento do SPD diante da Primeira Guerra Mundial, setores da esquerda passaram a adotar posicionamentos discordantes, o que resultaria na fundação de partidos e na formação de variadas alianças políticas nos anos subsequentes.