Prisões e torturas igualmente triplicaram, principalmente as de jornalistas. Dentre elas, a mais emblemática foi a de Vladimir Herzog, diretor da TV Cultura, que, embora fosse militante do PCB, não desenvolvia atividade clandestina nem pertencia aos quadros do partido. Herzog foi assassinado dentro do DOI-CODI, sendo a versão oficial de sua morte falsamente atribuída a um enforcamento. Em sua Autobiografia, Rita Lee publicou o bilhete de Elis Regina que fazia menção a uma música feita para “Vlado” e que, obviamente, fora censurada.
(Adaptado de: LIMA, N. Ditadura no Brasil e Censura nas Canções de Rita Lee. Curitiba:
Appris, 2019, p.17.)
A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos a respeito desse período da História do Brasil, é correto afirmar, sobre os eventos narrados, que
No período em que o Brasil esteve sob o controle da Ditadura Militar (1964-1985), ocorreu uma intensa e violenta repressão sobre indivíduos e grupos considerados como opositores ao regime ditatorial. Com base na ideologia da segurança nacional (estruturada no Brasil pela Escola Superior de Guerra), o governo considerava que estava em guerra contra um inimigo interno que se escondia na sociedade brasileira. Essa suposta ameaça interna seria precisamente a subversão comunista.
Nesse sentido, utilizando-se do pretexto de defender a segurança nacional, a Ditadura realizou perseguições políticas, prisões arbitrárias, torturas e execuções. A morte de Vladimir Herzog (1975) ganhou muita notoriedade à época e é um dentre os diversos casos de violações dos Direitos Humanos cometidos por agentes do Estado durante o regime ditatorial militar.