Um estudo do Instituto Cerrados aponta que 88% de 81 bacias hidrográficas do Cerrado já tiveram redução de vazão causada pelo desmatamento entre 1985 e 2022. Em 2050, essa redução deve chegar a 23,6 mil metros cúbicos de água por segundo. O pesquisador Yuri Salmona destaca que diversos rios que alimentam as bacias na Amazônia nascem na região do Cerrado, como o Tocantins e o Xingu. Essas águas ajudam a formar os rios voadores, corredores de umidade que levam chuvas a outros locais do país. Além disso, o Cerrado guarda 8 das 12 maiores bacias do país.

(Lucas Lacerda. “Cerrado, com recorde de desmatamento, pode alterar
regime de água no país”. Folha de S.Paulo, 12.05.2023. Adaptado.)

De acordo com o excerto, o desmatamento no Cerrado está diretamente relacionado à redução da

  • a

    transpiração foliar, o que diminui a quantidade de vapor d’água na atmosfera e pode prejudicar a produção de energia hidrelétrica. 

  • b

    absorção de água dos lençóis subterrâneos, o que diminui a acidez do solo e impacta o setor agropecuário. 

  • c

    evaporação de água do solo, o que diminui a formação de nuvens e prejudica a retenção de nutrientes no solo. 

  • d

    produção de gás O2, o que diminui a formação do gás ozônio na atmosfera e intensifica a evapotranspiração das bacias hídricas. 

  • e

    fixação de CO2 pela vegetação, o que aumenta a temperatura média na região e diminui a quantidade de água nos reservatórios urbanos.

O intenso desmatamento no Cerrado diminui a disponibilidade de água no bioma. Consequentemente, ocorre a redução de sua absorção pelas plantas e de sua liberação de vapor para atmosfera pelo processo da transpiração, o que prejudica a formação dos rios voadores, responsáveis pelas chuvas que abastecem os rios e os lagos das hidroelétricas.