O índice de similaridade genética compara o grau de semelhança entre indivíduos de uma mesma espécie e varia de zero (sem similaridade) a 1,0 (geneticamente idênticos). Papagaios, periquitos e araras ameaçados de extinção têm uma taxa de similaridade igual ou superior a 0,25. Um estudo revelou que uma das espécies que se mostrou mais ameaçada, com similaridade genética de 0,27, foi o papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis), da qual restam cerca de 3 mil indivíduos, em trechos litorâneos da Mata Atlântica. Com o papagaio-da-ilha-de-marajó (Amazona ochrocephala xantholaema), a surpresa foi inversa: esperava-se encontrar uma população pequena com alto índice de similaridade genética. Mas a espécie também vive no continente, havendo intercâmbio entre as populações, e a similaridade foi de 0,17. Observou-se que a arara-canindé (Ara ararauna) tinha um índice de similaridade 0,31 e a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) tinha um índice de similaridade 0,34. Dados importantes para se pensar em estratégias de preservação das espécies.

(https://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado.)

a) De acordo com o texto e considerando as regras de nomenclatura científica, quantas espécies de aves foram citadas? Cite a população de ave que apresenta maior variabilidade genética.

b) Qual população de ave tem maior risco de extinção? Considerando os conhecimentos de genética, explique por que o isolamento geográfico de uma pequena população pode aumentar a sua similaridade genética.

a) Foram citadas quatro espécies. A espécie de ave que apresenta a maior variabilidade genética é o Papagaio-da -ilha de-marajó (Amazona ochrocephala xantholaema).
 
b) A espécie que apresenta o maior risco de extinção é a Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus). O isolamento geográfico é capaz de interromper o fluxo gênico, impedindo a troca de genes entre as populações. Desta forma, a troca genética será apenas entre os indivíduos de uma mesma população, resultando em elevada similaridade genética.