Leia os fragmentos.

Mas como nenhuma sociedade política pode existir ou subsistir sem ter em si o poder de preservar a propriedade, e, para isso, punir as ofensas de todos os membros daquela sociedade, só existe uma sociedade política onde cada um dos membros renunciou ao seu poder natural e o depositou nas mãos da comunidade.

(Segundo tratado sobre o governo civil, 1994.)

Exploração e governo, o primeiro dando os meios de governar e constituindo a base necessária assim como o objetivo de todo governo, que por sua vez garante e legaliza o poder de explorar, são os dois termos inseparáveis de tudo que se chama política. Desde o início da história, eles constituíram a vida real dos Estados: teocráticos, monárquicos, aristocráticos e até mesmo democráticos.

(Deus e o Estado, 2008.)

Esses fragmentos associam-se, respectivamente, 

  • a

    ao socialismo utópico e ao marxismo. 

  • b

    ao marxismo e ao iluminismo. 

  • c

    ao iluminismo e ao anarquismo. 

  • d

    ao leninismo e ao socialismo utópico. 

  • e

    ao anarquismo e ao leninismo.

O primeiro texto apresenta um fragmento da obra de John Locke, importante autor dos princípios do Liberalismo político no século XVII, cujos ideais foram fundamentais para o desenvolvimento do Iluminismo no século XVIII. No excerto citado, Locke apresenta sua defesa da propriedade privada, afirmando que, sem sua preservação, seria impossível existir vida em sociedade.

Já o segundo texto traz um fragmento da obra de Mikhail Bakunin, maior liderança anarquista do século XIX, associando a exploração econômica e a opressão governamental, afirmando que uma não pode existir sem a outra. Essa ideia faz parte da ideologia anarquista, na qual a rejeição ao capitalismo e à exploração decorrente da propriedade privada dos meios de produção deveria ser acompanhada pelo combate ao Estado e às tiranias que ele impõe à liberdade coletiva.