Leia o poema “Pneumotórax”, do poeta Manuel Bandeira (1886-1968).
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
— Respire.
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— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
(Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira, 1993.)
No poema, o poeta aborda,
O poeta apresenta tom jocoso e anedótico, recorrendo à autoironia ao brincar sobre seu estado de saúde. A doença referida é a tuberculose, que acometeu Manuel Bandeira, e é causada por bactéria, prejudicando os pulmões e provocando dispneia, isto é, dificuldade respiratória e tosse. Essa doença pode ser prevenida pela aplicação da vacina BCG.