No ano de 2020, iniciou-se um conflito interno na Etiópia, com complexas implicações humanitárias, econômicas e geopolíticas, adicionando novas tensões à frágil estabilidade política na região do Chifre da África.

(Adaptado de YARED, Tegbaru. Institute for Security Studies – ISS. Acesso em 09/06/2022.)

As causas do atual conflito na Etiópia resultam

  • a

    da instabilidade das instituições estatais gerada pelo processo de colonização europeia no século XVIII. 

  • b

    do conflito bélico com a Eritreia em razão da disputa pela saída para o Mar Mediterrâneo. 

  • c

    da tentativa de secessão da região do Tigré em função dos conflitos étnico-religiosos e políticos. 

  • d

    da participação de interesses estrangeiros na gestão dos recursos naturais etíopes, a exemplo do petróleo.

Em 2019, o primeiro-ministro da Etiópia recebeu o Prêmio Nobel da Paz após lograr realizar um acordo de paz com a vizinha Eritreia e pôr um fim a uma guerra de 20 anos de duração. Contudo, durante a renovação da geopolítica etíope e regional, a Frente de Libertação Popular do Tigré (FLPT), partido nacionalista que atua na região do Tigré ( no norte do País), passou a intensificar a oposição ao governo, alegando incitação à divisão étnico-religiosa e negligência aos seus interesses.  A FLPT iniciou os combates em 2020, e ameaça se tornar independente, sob a alegação de “direito incondicional à autodeterminação, incluindo a secessão”