O plano da Mattel de lançar uma boneca Hello Barbie conectada por Wi-Fi é uma grave violação da privacidade de crianças e famílias. A boneca usa um microfone embutido para captar tudo o que a criança diz a ela e tudo o que é dito por qualquer um ao alcance do microfone. Essas conversas serão transmitidas para servidores em nuvem para armazenamento e análise pela empresa. A Mattel diz que “aprenderá tudo o que as crianças gostam e não gostam” e “enviará dados” de volta às crianças, transmitidos via alto-falante embutido na boneca.

(Susan Linn. “Agente Barbie”. O Estado de S.Paulo, 22.03.2015. Adaptado.)

Sob aspectos filosóficos e éticos, o produto descrito apresenta como implicação 

  • a

    questionar estereótipos hegemônicos no campo da estética e do gênero.

  • b

     valorizar aspectos positivos da inteligência artificial. 

  • c

    garantir a separação entre esfera pública e esfera privada na infância. 

  • d

    prejudicar o desenvolvimento cognitivo e intelectual da criança. 

  • e

    introduzir ferramentas de marketing no universo infantil.

Ao introduzir um microfone dentro do brinquedo, a empresa obterá informações sobre a vida da criança e de seu universo de relações sociais, violando seu direito á privacidade. Ao mesmo tempo, transformando essas informações em produtos (ou aprimorando o funcionamento do produto boneca Hello Barbie), terá introduzido uma ferramenta de marketing no cotidiano da criança.