Imagine que você entrou numa loja de eletrodomésticos e em instantes um vendedor lhe oferece uma geladeira exatamente como a que você pesquisou na internet pouco tempo antes. Ou uma empresa que aumentou a previsão de demanda de um determinado produto com base em dados estatísticos coletados em tempo real, elevando sua participação de mercado. Essas situações são possíveis com um fenômeno que vem ganhando cada vez mais força no mundo dos negócios: o big data. Com um volume cada vez maior de dados disponibilizados na internet, as empresas de tecnologia desenvolveram sistemas capazes de capturar esses dados e analisá-los.
(www.folha.com.br. Adaptado.)
A operação de sistemas inteligentes, como o apresentado pelo excerto, é possibilitada pelo desenvolvimento de redes técnicas que modificam as relações sociais e o modo de vida das pessoas. O meio geográfico correspondente a essa condição é chamado
A expressão “meio técnico-científico-informacional”, desenvolvida pelo geógrafo Milton Santos, se refere a modificações que ocorreram no espaço geográfico nas últimas décadas. A interdependência entre técnica e ciência se aprofundou a partir do pós-Segunda Guerra Mundial, ao passo em que a dinâmica da circulação e do acúmulo de informações se intensificou. Tais elementos criaram um espaço geográfico com diversas modernizações no sistema produtivo que se propagam em diversos lugares, embora de forma desigual.
O desenvolvimento dos sistemas inteligentes que envolvem o uso do chamado “Big Data” é um fenômeno de modernização ligado a este novo meio técnico-científico-informacional, pois envolve a utilização de conhecimentos técnico-científicos, além de se basear na intensificação da circulação e do processamento de informações.