Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para assegurar esses direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam seus justos poderes do consentimento dos governados. Sempre que uma forma de governo se dispõe a destruir essas finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la, e instituir um novo governo, assentando seu fundamento sobre tais princípios e organizando seus poderes de tal forma que a ele pareça ter maior probabilidade de alcançar-lhe a segurança e a felicidade.

(Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: Harold Syrett (org.). Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.)

O documento expõe o vínculo da luta pela independência das treze colônias com os princípios

  • a

    liberais, que defendem a necessidade de impor regras rígidas de protecionismo fiscal. 

  • b

    mercantilistas, que determinam os interesses de expansão do comércio externo. 

  • c

    iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de rebelião contra governos tirânicos. 

  • d

    luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar pela própria salvação. 

  • e

    católicos, que justificam a ação humana apenas em função da vontade e do direito divinos.​

O fragmento da declaração de Independência dos Estados Unidos inclui trechos que fazem referência a aspectos da filosofia política iluminista como: a existência de direitos naturais dos homens (dos quais o governo é fiador), a ideia de consentimento dos governados para a prática do governante, o direito de mudança do governo promovida pela sociedade (no caso, em que o governo não cumpre suas obrigações para com a sociedade).