“Para praticar a agricultura, os tupis derrubavam árvores e faziam a queimada – técnica que iria ser incorporada pelos colonizadores. Plantavam feijão, milho, abóbora e principalmente mandioca, cuja farinha se tornou também um alimento básico da Colônia. A economia era basicamente de subsistência e destinada ao consumo próprio. Cada aldeia produzia para satisfazer a suas necessidades, havendo poucas trocas de gêneros alimentícios com outras aldeias.

Mas existiam contatos entre elas para a troca de mulheres e de bens de luxo, como penas de tucano e pedras para se fazer botoque. Dos contatos resultavam alianças em que grupos de aldeias se posicionavam uns contra os outros. A guerra e a captura de inimigos – mortos em meio à celebração de um ritual canibalístico – eram elementos integrantes da sociedade tupi. Dessas atividades, reservadas aos homens, dependiam a obtenção de prestígio e a renovação das mulheres.”

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006. p.40.

De acordo com o texto, é correto afirmar que, no período colonial brasileiro, as sociedades pertencentes ao tronco linguístico Tupi

  • a

    praticavam o canibalismo devido à escassez de alimentos nas regiões em que viviam. 

  • b

    desenvolviam uma cultura agrícola de subsistência que não abolia a existência de sistemas de troca. 

  • c

    cultivavam produtos agrícolas que deixaram de ser consumidos após a chegada dos colonizadores. 

  • d

    organizavam-se em unidades políticas autônomas, que evitavam contatos comerciais entre si.

  • e

    realizavam rituais em que homens e mulheres desempenhavam funções idênticas.

O excerto de Boris Fausto caracteriza o modo de produção econômica realizada pelos povos tupis como uma cultura de subsistência. Isso se explicita pelo trecho: “A economia era basicamente de subsistência e destinada ao consumo próprio”. Apesar dessa destinação, as trocas de gêneros alimentícios não deixavam de ocorrer. Isso se comprova pela passagem: “Cada aldeia produzia para satisfazer a suas necessidades, havendo poucas trocas de gêneros alimentícios com outras aldeias”.