“A história do skate no Brasil passou por fases diferentes e até mesmo antagônicas. Em 1988, por exemplo, na cidade de São Paulo, sob acusação de ser prática displicente, foi promulgada a Lei n º 25.871, pelo então prefeito Jânio Quadros, que proibia a prática da modalidade nas ruas da cidade. Essa proibição foi alterada no ano seguinte, quando a nova prefeita da cidade, Luiza Erundina, em um de seus primeiros atos, revogou essa mesma lei e liberou a prática do skate nas ruas da cidade.
Anos depois, em 2015, o Brasil somava 8,4 milhões de praticantes de skate, segundo pesquisa Datafolha.
Já em 2021, quando o skate estreou como modalidade olímpica nos Jogos de Tóquio, o Brasil se destacou como o segundo país com mais medalhas olímpicas na modalidade. No mesmo ano, a indústria nacional ligada ao esporte foi considerada a segunda maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, cujo mercado é estimado em US$ 4,5 bilhões ao ano.”
Thais Carrança, BBC News Brasil em São Paulo, 26 julho 2021. Adaptado.
A partir da leitura do texto, é correto afirmar:
O texto deixa claro que o skate foi proibido como prática de lazer em 1988, para três décadas depois, reunir milhares de praticantes, a ponto de ter se tornado modalidade olímpica. Essas transformações não são incomuns. No caso do skate, houve a esportivização de uma prática de lazer. No caso de outras modalidades, as transformações sociais podem resultar em alterações das regras (como é o caso de mudanças para adaptar as competições às transmissões televisivas), ou mesmo provocar a extinção de algumas modalidades (como o “cabo de guerra” ou a “natação com obstáculos”, que foram disputados nas Olimpíadas de Paris, em 1900).