“Industrializar é uma condição de vida, é uma absoluta e imperiosa necessidade, é mesmo um dever de que já não está ao nosso alcance declinar. Nem que o quiséssemos, não poderíamos sobreviver conservando-nos nação pastoril e agrícola, no velho estilo, exportando café e umas poucas matérias-primas [...] Industrializar um país não é uma obra mágica que possa ser feita sem preparo, ao simples sopro de uma aspiração. É necessário que exista uma mentalidade industrial, um estado de espírito propício ao desenvolvimento, é necessário que existam gerações preparadas para a ação.”

OLIVEIRA, Juscelino Kubitschek de. Industrialização: batalha pela própria
sobrevivência da nacionalidade. São Paulo: Serviço de Publicações da
Federação e Centro das Indústrias do Estado de S. Paulo, 1957. p.9-10. 

A “mentalidade industrial”, proposta pelo então presidente Juscelino Kubitschek, concretiza-se em seu governo (1956- 1961) sob a forma 

  • a

    de grandes investimentos na educação básica e na fundação de centros de pesquisa. 

  • b

    de incentivos à diversificação e mecanização da produção agrícola. 

  • c

    da implantação de formas racionais de organização do trabalho. 

  • d

    da ação governamental embasada em concepção nacionalista e trabalhista. 

  • e

    de um projeto desenvolvimentista amparado por incentivos e captação de recursos estrangeiros.

No aspecto econômico, uma das principais características da presidência de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi a ampliação do setor industrial no Brasil. Focado, principalmente, em bens de consumo duráveis (como automóveis e eletrodomésticos), esse fortalecimento da produção industrial no país fez parte do projeto desenvolvimentista do governo JK. Nesse sentido, para obter um crescimento econômico acelerado com ênfase no desenvolvimento industrial, o Estado forneceu incentivos para que empresas estrangeiras instalaram suas fábricas no Brasil e, em paralelo a isso, o governo ainda obteve vultuosas quantias de recursos financeiros por meio de empréstimos com instituições internacionais para poder investir em obras de infraestrutura que favorecessem a industrialização.