A figura a seguir apresenta quatro tipos de chuva com relação à sua gênese. Cada tipo é resultante do processo que controla os movimentos de ascensão do ar e da umidade, geradores das nuvens que ocasionam precipitação.

a) Indique duas características do tipo de chuva 1, considerando que, na sua gênese, formam-se as nuvens cumulonimbus. Por que o tipo de chuva 2 ocorre na Zona de Convergência Intertropical? Em que época do ano esse tipo de chuva 2 pode atingir o semiárido nordestino?

b) Que dinâmica atmosférica é responsável pela gênese do tipo de chuva 3 e em que estação do ano esse tipo de chuva é mais frequente no território brasileiro? Qual a influência do tipo de chuva 4 na distribuição da vegetação nas duas faces do Planalto da Borborema?

a) O tipo de chuva 1, conhecido como chuva de convecção, de verão ou torrenciais, é resultado da diferença de temperatura e umidade no ciclo convectivo atmosférico. Ela ocorre a partir de nuvens do tipo cumulonimbus e se caracteriza por ser muito forte, de rápida duração, com presença de raios e trovões e às vezes granizos. O tipo 2 de chuva retratado é resultado do encontro dos ventos que vêm de direções opostas nas baixas altitudes da atmosfera em escala planetárias. Essas áreas são conhecidas como Zonas de Convergências. A Zona de Convergência Intertropical que atinge o Brasil ocorre do encontro dos ventos alísios vindos do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul. O semiárido nordestino é atingido por essas chuvas principalmente nos primeiros meses do ano.
 
b) O tipo de chuva 3 é conhecido como chuva frontal. Ela ocorre a partir do contato de uma massa fria, mais densa, com uma massa quente menos densa. Nessa área de contato, conhecida como frente, o ar frio empurra o quente abruptamente para cima, produzindo a condensação do vapor d’água e sua respectiva precipitação. Esse tipo de chuva ocorre ao longo de todo o ano, com maior frequência no período de inverno. O tipo de chuva 4 é conhecido como chuva orográfica ou de relevo. No Planalto da Borborema, assim como em outras áreas de encostas existentes no país, a ascensão das massas úmidas acaba provocando chuvas e, consequentemente, a existência de uma vegetação mais exuberante. Após vencer as encostas, esse ar fica mais seco, produzindo uma paisagem vegetal mais rarefeita. Na Borborema, as áreas de barlavento são cobertas por Mata Atlântica, enquanto, nas áreas de sotavento ou de sombra de chuvas, ocorre uma vegetação de transição para a caatinga.